sexta-feira, 28 de setembro de 2012

Vida após a morte


Não importa o que você faça, acredite! O mundo não dá a mínima importância para você. E não é a toa que ele sempre continua. Se você dorme, ele continua. Se você destruir corações, ele continua. Se você for um escritor medíocre, ele continua. Se as cobranças batem a sua porta, ele continua. Se você vive o inferno de todo santo dia, ele continua. Se você morre, ele dá as costas p

ara você e continua. E continua, e continua. Mas mesmo assim, seguimos. Fazer o que?
O pior de tudo? Só a maldita idéia humana de que estaremos vivos depois de morrer! Isso já me rendeu boas risadas. O ser humano sempre procura maneiras de se perpetuar, de ser superior, de ser imortal mesmo com os pés na mortalidade. O que mais me faz rir é ver pessoas desperdiçarem suas vidas para quando morrerem começarem a viver. E ainda supõe que irão para um paraíso qualquer. O que a levam a crer que irão para um? Não importa. Mesmo que a uma forma de se manter vivo fosse à desgraça e o sofrimento para lá do fogo do inferno, pessoas se candidatariam só para não deixarem de existir.

Enquanto isso, quero viver essa vida na qual estou hoje, mesmo que o mundo não ligue. Mesmo que o paraísos não existam, e não existem. Quero usar minha vida da melhor forma possível. Para o inferno todas essas ideias que impossibilitam o meu desfrute. Só não consigo rir mais de ideias de perpetuação do ser porque quem a cultiva não irá se decepcionar quando vier descobri-la. Enquanto isso, vou vivendo, estou vivendo. Bebendo, fumando, comendo besteiras, rindo e chorando, esperando a próxima ressaca, a próxima desilusão amorosa. Presenciando o espetáculo da vida enquanto ela ainda é. A quem me chame de tolo. Posso até ser, mas sei que caixões são apertados de mais e que nele não terei vontades, talvez a de servir de adubo para que alguma planta nasça. Só isso!
Autor: Jaime Vinícius

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