Um grupo de ativistas homossexuais interrompeu com beijos mais uma
manifestação nesta quinta-feira, desta vez em Nantes, convocada por
associações contrárias à lei que permitirá o casamento gay e a adoção de
crianças por casais do mesmo sexo, que o governo francês apresenta no
próximo dia 7.
Os ativistas imitaram o gesto da terça-feira
quando duas meninas também se beijaram no meio de uma manifestação
contra o casamento homossexual em Marselha.
A imagem das
meninas foi imortalizada pelos fotógrafos e se transformou em um símbolo
da causa homossexual, sendo difundida de forma muito rápida através das
redes sociais.
A fotografia de Marselha ofuscou a repercussão
das manifestações convocadas em 75 cidades francesas. A associação
Alliance Vita - fundada pela ex-candidata presidencial e católica
conservadora Christine Boutin - foi responsável pela organização dos
protestos.
Neles, os participantes demonstravam sua objeção ao
casamento gay e, em particular, à adoção de crianças por casais do
mesmo sexo com o lema "Um papai, uma mamãe, não se mente para as
crianças".
Em Nantes, a manifestação de hoje foi interrompida
por dezenas de homens e mulheres que começaram a se beijar quando os
manifestantes organizavam um protesto sentado.
Vários casais
do mesmo sexo, infiltrados entre os cerca de 400 participantes da
manifestação, se levantaram e começaram a se beijar, o que provocou a
reação de alguns dos organizadores, que os afastaram do protesto.
Posteriormente, duas mulheres subiram em uma fonte da cidade e repetiram
a cena do beijo justo ao lado do cartaz principal da manifestação.
A adoção do projeto de lei do casamento gay, de acordo com uma
promessa eleitoral do presidente François Hollande, está provocando
diferentes reações no país.
Ontem, um grupo de 121 deputados
conservadores pediu que Hollande adiasse a aprovação do texto e que
buscasse um maior consenso.
A imprensa está publicando
periodicamente estudos científicos que, em alguns casos, afirmam que os
filhos de casais homossexuais são normais e que em outros apresentam
problemas psicológicos.
A Igreja Católica também se manifestou
contrária ao projeto e o arcebispo de Lyon, Philippe Barbarin, chegou a
sugerir que o casamento gay vai abrir espaço para a poligamia e o
incesto, opinião que é compartilhada por um vereador conservador de
Paris que afirmou que não realizará os casamentos homossexuais. Fonte:http://noticias.terra.com.br
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