segunda-feira, 22 de outubro de 2012

Jimmy Carter critica EUA em conflito israelense-palestino

O ex-presidente americano Jimmy Carter lamentou nesta segunda-feira que o governo de Barack Obama tenha desistido de utilizar sua influência para resolver o conflito entre palestinos e israelenses, durante uma visita a Jerusalém Oriental do grupo dos "Sábios", integrado por personalidades internacionais.
Carter disse que apoia o projeto do presidente palestino Mahmud Abbas de votação na Assembleia Geral da ONU de uma modificação do status da Palestina, que se converteria em um Estado não membro.
"Uma importante mudança recente foi a retirada da influência americana" no âmbito israelense-palestino, afirmou Carter, considerando que esta é a primeira vez desde a Guerra dos Seis Dias, de 1967, que Washington não desempenha "um papel importante" nas tentativas de resolver este conflito.

Esta visita de Carter foi guiada por funcionários do Escritório de Coordenação de Assuntos Humanitários da ONU (OCHA) e da organização não-governamental israelense oposta à colonização Paz Agora.
O ex-presidente americano estava acompanhado de outras duas integrantes do grupo dos "Sábios", a ex-presidente irlandesa Mary Robinson e a ex-primeira-ministra norueguesa Gro Harlem Brundtland.
"É a primeira vez que vejo desde 1967 que um governo americano não tem um papel importante", afirmou Carter. "Os Estados Unidos têm agora (...) zero influência sobre as duas partes", insistiu. "A política governamental americana dos dois ou três últimos anos foi a rápida retirada de todo tipo de controvérsia que possa ser desagradável", insistiu o estadista de 88 anos.
Mary Robinson afirmou, por sua vez, que as probabilidades de uma solução de dois Estados para o conflito parece estar perto de desaparecer. Ela indicou que todas as vezes que o grupo dos "Sábios" fazia uma visita, constatava que havia mais colônias, e que mais lares de palestinos de Jerusalém Oriental eram ocupados por israelenses.
"Acredito que Netanyahu decidiu abandonar a solução de dois Estados", afirmou Carter, sugerindo que a política atual do primeiro-ministro israelense consiste agora em "se apoderar de toda a Cisjordânia". Fonte:http://noticias.terra.com.br

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