sexta-feira, 26 de outubro de 2012

PMs de Cristo vão orar contra morte de colegas

Policiais Militares de Cristo em uma das sessões de reza - JOSÉ PATRÍCIO/ESTADÃOJOSÉ PATRÍCIO/ESTADÃO
Policiais Militares de Cristo em uma das sessões de reza
Na tarde de ontem, a história de Neemias foi resgatada como metáfora para o momento atual, marcado por medo e ataques contra PMs feitos por integrantes do Primeiro Comando da Capital. Neste ano, 85 policiais militares foram assassinados - mais da metade em execuções. Em uma sala do quartel-general da corporação, policiais oraram de mãos dadas pedindo proteção para ter equilíbrio neste momento de tensão.
"A PM representa as muralhas da cidade e precisa ser reerguida. A oração pode ser um começo para esse resgate da segurança. Sem muro a cidade não funciona. Sem polícia também não", afirma o tenente-coronel Alexandre Marcondes Terra, vice-presidente dos PMs de Cristo e da Coordenadoria dos Conselhos de Segurança.

As orações dos PMs de Cristo representavam o começo da campanha para garantir que nos próximos 52 dias pessoas se comprometam a pedir a Deus pelos policiais de São Paulo nas dez regiões do interior, na capital e na Grande São Paulo. Segundo o coronel Terra, 52 dias são o mesmo período que Neemias levou para reerguer os muros de Jerusalém.
Para angariar simpatizantes à causa, os PMs de Cristo estão usando as redes sociais e a internet. Eles dispararam tweets e mensagens no Facebook para organizar uma agenda com horários e dias em que fiéis de cada cidade do Estado se comprometem a orar.
A intenção é ter pessoas rezando pela polícia 24 horas por dia ao longo de quase dois meses. Será preciso, por exemplo, encontrar alguém disponível a acordar às 3h30 da manhã no Vale do Paraíba, assim como em outras 11 regiões do Estado durante todos os segundos do dia.
Reflexão. O coronel Terra diz que a tensão atual e a morte de PMs é a razão principal do esforço. Mas se engana quem imagina que o oficial não olha para a atual situação com olhar crítico. "A oração também é para ajudar o policial militar a refletir como tem se portado como homem e profissional. Também devemos olhar para aqueles policiais que perderam os valores defendidos pela corporação", explica.
Terra afirma que ficou muito chocado com a morte de Joel Juvêncio da Silva, em 9 de setembro, na frente dos familiares, quando voltava de um culto evangélico na zona sul. "Pedimos os nomes dos PMs mortos para a corregedoria e queremos prestar auxílio à família." / B.P.M.

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