Até o momento os pesquisadores puderam entender que os religiosos possuem um maior bem estar se comparado aos ateus
O Instituto de Psicologia da Universidade de São Paulo (USP) realiza
alguns estudos para tentar responder questões relacionadas aos fenômenos
religiosos mediante a abordagem psicológica.
Uma equipe formada por doutores e doutorandos não só da USP como de
outras universidades como o Mackenzie e a PUC tentam analisar o
comportamento de religiosos e ateus e assim tentar responder a questão
de como a religião, ou a falta de, pode interferir na psique das
pessoas.
Entre as pesquisas realizadas pelo Laboratório de Psicologia Social
da Religião estão alguns estudos que tratam sobre os processos de
enfretamento das dificuldades, o bem-estar psicológico e os fatores de
personalidade.
Sobre os enfrentamentos dos problemas os estudiosos tentam entender
como religiosos e ateus lidam com dificuldades como, por exemplo, as
doenças. “Existem modos seculares e modos religiosos de enfrentamento,
mas eles não são incompatíveis. Se um religioso está doente, ele pode ir
ao médico e também ir rezar na igreja. Da mesma forma que um ateu, além
de procurar o médico, em um momento de desespero, pode realizar uma
oração”, explica o professor Geraldo José de Paiva.
Há muitos assuntos que os pesquisadores desejam encontrar respostas,
entre eles se a religiosidade afeta a personalidade das pessoas e se as
escolhas relacionadas à religião interferem na qualidade de vida.
O professor afirma que uma pesquisa chegou a apontar que religiosos
possuem um maior bem estar em contraponto com as pessoas ateias. “O
grupo de executivos estudado na pesquisa foi bem limitado, então nós
buscamos repeti-la com um grupo mais representativo”, adianta Paiva.
Para encontrar as respostas desejadas o grupo tenta não só criar
novas pesquisas e estudos como também adaptar estudos realizados em
outros países tentando trazer para a realidade brasileira.
“Nós as utilizamos para verificar se os resultados obtidos em outros locais seriam os mesmos aqui no Brasil”, explica.
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