“Atrás das imagens existem cenários. As árvores, carros, paredes brancas e logotipos são como pessoas. Nós, massa sem fermento, não passamos de aglomeração e estatísticas percentuais. Cenário e figuração. Rabo de olho.”
Estas frases já estão massificadas, não é? Diversos panfletos, livretos, jograis e rodinhas de jovens comunistas utilizam essas ideias de “autodegradação” para poderem viver, só mais um pouco.
Durante esta semana me deparei numa discussão sobre religiões. Na ocasião, eu era o cenário da fotografia. Alguém lá atrás que passou sem ser notado. De um lado, um crente quase ateu, cético, agnóstico, com ares de jogador de pôquer e do outro um evangélico, manso, meio nas nuvens ou acima delas. Um afirmava que Deus era o princípio e o fim. O outro debochava da bíblia. “Como posso seguir um livro que não sei quem escreveu?” afirmava o bendito descrente.
Tentei entrar na briga, como juiz, mas com que direito poderia julgar as pedras e o vento? Com que dever me obrigaria a tal feitio? Pelo menos, a escuta das réplicas e tréplicas dos lutadores me fizeram pensar na Rede Record e seu dono. Um cara como Edir Macedo, devotado, fiel às práticas religiosas e à sua missão profética na terra, deve ter um nobre motivo para manter a atual programação da Record.