segunda-feira, 18 de fevereiro de 2013

Um computador que faz diagnósticos melhores (e mais baratos) do que médicos


computador medico diagnostico
Você confiaria em um diagnóstico feito por um programa de computador? De acordo com estudo recente feito por pesquisadores da Universidade de Indiana (EUA), a ideia não é tão absurda quanto parece à primeira vista.
“O objetivo dessa pesquisa é desenvolver um sistema de inteligência artificial/computacional para propósitos gerais (não focado em doenças específicas) para lidar com desafios dos sistemas de saúde atuais [custos elevados, grande número de tratamentos e informações para lidar]“, escrevem os autores, em artigo publicado no periódico Artificial Intelligence in Medicine.

O sistema foi usado para analisar dados (como doenças crônicas e episódios de depressão clínica) sobre o estado de saúde de 500 pessoas reais e prescrever tratamentos. Em seguida, os resultados foram comparados com os tratamentos que haviam sido realizados de fato, sob recomendação de médicos. Resultado: o computador teve 42% mais casos de sucesso do que os médicos e com um custo menor – US$ 187 (aproxidamente R$ 370) contra US$ 974 (aproxidamente R$ 974) por análise.
O programa usa um sistema de inteligência artificial que é resultado da combinação de outros dois: o Markov Decision Processes e o Dynamic Decision Networks. Com essas duas ferramentas, o computador é capaz de prever e comparar consequências de cada tratamento, além de fazer suposições quando não há informações suficientes e refazer os cálculos conforme novos dados são adicionados. Além disso, o programa não é focado em um tipo específico de doença, podendo ser usado para avaliar virtualmente qualquer tipo de caso.
Apesar dos resultados animadores, os autores do estudo olham com cautela a ideia de passar para computadores a tarefa de diagnosticar doenças e prescrever tratamentos. Ao invés disso, eles acreditam que é melhor unir homem e máquina, e não colocar tudo nas mãos de sistemas de inteligência artificial. “Mesmo com o desenvolvimento de novas técnicas de Inteligência Artificial que podem se aproximar ou mesmo superar a performance de tomadas de decisões humana, nós acreditamos que o caminho mais efetivo a longo prazo seja combinar inteligência artificial com a de médicos humanos”, ressaltaram os pesquisadores em um pronunciamento.
“Vamos deixar que os humanos façam o que eles fazem bem, e que as máquinas façam o que elas fazem bem. No fim, vamos maximizar o potencial de ambos”, concluem.[io9] [Artificial Intelligence in Medicine]

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